O ato de “Professorar”
Sabemos que é preciso se encantar com a prática de “professorar”, porque
de nada vale atuar em determinada profissão apenas por falta de opção. É
preciso que nos encantemos pela troca de conhecimentos que ocorre dentro do
ambiente escolar, compensando, em muitos momentos, as dificuldades encontradas
ao longo do caminho.
É sabido que o/a professor/a, que é apaixonado/a pelo que faz, não
desiste nunca de procurar soluções e preocupar-se com seus/suas alunos/as,
porque nada o/a frustra mais do que não conseguir encaminhar seu/sua aluno/a
para que ele também possa aprender dos saberes escolares.
Para realizar um trabalho visando melhorar índices que já são bons faz-se
necessário que haja envolvimento por inteiro de quem a isso se propõe. Dessa
forma, espero que possa desenvolver um trabalho que satisfaça a todos os
envolvidos, mas principalmente que fique satisfeita com o meu trabalho, e possa
contribuir realmente na melhoria dos índices a que nos propomos no subprojeto,
mesmo que eles sejam altos. Porém, em minha opinião, o mais importante em
qualquer atividade que envolva o processo de ensino/aprendizagem é conseguir
que ao menos uma criança saia satisfeita ao final das atividades desenvolvidas.
Isso, com certeza será um estímulo para que eu possa prosseguir com o trabalho
do dia seguinte, e procurar novas formas de encantar e resgatar o interesse em
aprender mais.
Ensinar é aprender. Ensinar
não é transmitir conhecimentos. O educador
não tem o vírus da sabedoria. Ele orienta
a aprendizagem, ajuda a formular conceitos, a despertar as potencialidades
inatas dos indivíduos para que se forme
um consenso em torno de
verdades e
eles
próprios encontrem as suas opções. [...] Quem ama educa,
educar é educar-se
a cada dia, sem a pretensão
de preparar para a vida. O poder de
adivinhar o futuro o educador não o
possui. Ele orienta,
para que, em situações
imprevisíveis, se
processem alternativas.
[BOECHAT, Ivone. Ensinar é aprender, não é
transmitir conhecimentos. Artigo publicado em: Programa Jornal e
Educação. Disponível em: http://www.anj.org.br/jornaleeducacao/biblioteca/artigos/ensinar-e-aprender-nao-e-transmitir-conhecimentos
, acesso em 18/11/2011, às 22:00h.]
Olhar o aluno de forma diferenciada, muitas vezes pode levar à
exclusão, porém cabe ao/à professor/a ter o discernimento de que é dele/a que
pode partir o começo da mudança deste aluno e isto o subprojeto auxilia não
apenas a mim, mas a todos os envolvidos nele, pois nos coloca em contato direto
com o responsável pela existência de professores/as: o/a aluno/a.
Entendemos que não existem milagres em educação, mas em minha opinião
pessoal, só se começa uma mudança, se oferecermos uma educação de qualidade às
nossas crianças. Isso começa pela valorização dos/as professores/as que atuam
em nossas abandonas escolas públicas, muitas vezes correndo risco de morte, o
que muitas vezes ocupa as manchetes dos jornais. Isso parece muito distante de
nossa realidade, porém, ao adentrarmos em um educandário, seja ele Municipal ou
Estadual encontramos crianças ávidas por aprender, e, em alguns casos,
professores cansados e mal remunerados, que estão ali apenas para cumprir o
calendário escolar, porque não têm outra opção.
Quando me ponho a analisar minhas práticas no subprojeto, sinto que não
estou fazendo progressos e isso me angustia, mas também tenho que ter
paciência, porque somente assim poderei chegar a algum lugar, não apenas com
eles, mas com meus próprios propósitos. Neste ponto me pergunto: Até onde, nós
enquanto educadores/as, pais e sociedade em geral, somos responsáveis pelos/as
alunos/as que manifestam desinteresse por aprender os saberes escolares?
Referências Bibliográficas:
BOECHAT, Ivone. Ensinar
é aprender, não é transmitir conhecimentos. Artigo publicado em:
Programa Jornal e Educação. Disponível em: http://www.anj.org.br/jornaleeducacao/biblioteca/artigos/ensinar-e-aprender-nao-e-transmitir-conhecimentos
, acesso em 18/11/2011, às 22:00h
ALVES, Rubem. A
Alegria de Ensinar. ARS POETICA EDITORA LTDA.1994
A formação de professor é contínua, pois temos sempre que estar nos atualizando para conseguirmos avançar na "arte de professorar".
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